Thursday, December 31, 2009

Adeus ano velho, feliz VIDA nova !

E mais um ultimo dia do ano chegou !
2009, pode-se dizer que não foi um ano ruim. Como um todo eu vejo que na verdade ele foi um ano meio em stand by, um ano de longa espera. E por causa disso as vezes me parece que 2009 não foi um ano produtivo.
2008 terminou com a conquista do CSQ (Certificat de Selection du Québec) e 2009 termina com a conquista do visto de Residente Permanente =) ! Assim que virar o anos estarei embarcando pra uma vida nova, novas conquistas um novo pais, novos desafios.
Acho que além do visto o ano de 2009 rendeu também porque finalmente, depois de muitos anos aprendi a nadar ! Aeeehhhh.
Fora isso o ano inteiro foi de espera, e quanto espera... E valeu a pena ! Finalmente conquistei o meu "Achivement of Life" aquele sonho da vida inteira foi realizado.
Espero que 2010 seja bem mais proveitoso que esse ano que fica. Ele começara bem agitado, no meio de um ambiente completamente novo e mudanças radicais na minha vida. O que escolhi é claro, mas não é por isso que será menos difícil e desafiador.
De qualquer forma, posso dizer deixo 2009 pra trás com muito gosto, não porque ele tenha sido ruim, mas porque 2010 será muito melhor !

Saturday, November 28, 2009

Falta tão pouco....

Toda vez que eu vou passar por uma fase de transição na minha vida, parece que eu estou passando pelos momentos mais divertidos e felizes da minha vida.
Fico me perguntando o porque acontece isso. Por que é que quando estou prestes a ir embora as coisas acontecem de forma que é como se eu tivesse a melhor vida do mundo onde estou? É como se algo quisesse me mostrar o que eu poderei perder dali pra frente. O pior é que não é real.
Sim, estou vivendo momentos divertidissimos, e sim quando eu olhar pra trás vou lembrar desses momentos com saudade. Mas minha vida real não é assim, pelo menos na maior parte do tempo não.
Se não fosse essa grande mudança que esta por vir eu estaria trabalhando de segunda a sexta, vendo as mesmas pessoas, saindo de vez em quando aos fins de semana, quando o cansaço permitisse, estaria preocupada com contas a pagar, etc etc etc. Não reclamo, porque poderia ser pior. Poderia estar aqui, a somente um mês da minha partida tendo momentos ruins, e contando os dias pra me livrar de tudo isso.
Vou sentir falta desse meu ultimo mês aqui no Brasil, das pessoas que conheci, dos momentos que vivi. Mas com excessão dos meus antigos amigos e família, os quais sempre estarão comigo em mente e alma, esse ultimo mês vai ser o único que vou levar com carinho junto de mim....

Sunday, July 26, 2009

Preguiça

Qual é a data de validade de um relacionamento?
Para os mais românticos é talvez inadmissível pensar tal coisa. Um relacionamento pode durar a vida toda muitos devem pensar.
Mas a questão maior é, por quanto tempo as pessoas mantêm paciência e continuam a se dedicar de fato a vida a dois?
Estou aqui levantando uma questão um pouco diferente daquelas já tão exploradas por cientistas do mundo todo. Não quero questionar quanto tempo dura a paixão ou o amor. Quero entender até quando alguém consegue levar um relacionamento a diante, e isso pode variar de pessoa pra pessoa.
Até um passado não muito distante eu sempre gostei de relacionamentos. Até casar eu já me casei. Mas hoje eu não sei mais até quando eu quero isso.
Eu acho muito bom aquele sentimento de conquista inicial, de romance. Aquele friozinho na barriga de quando se vê a pessoa. É contraditorio, mas ao mesmo tempo eu também ando com preguiça de tudo isso. As conversas pra se conhecer melhor, "o que você faz", "que musica você gosta", "você gosta de comer japa", etc etc etc... Ai, tudo isso simplesmente me da preguiça. A vontade de pular pro "next step" é interminável, porém meio difícil de acontecer.
Ai passa essa fase inicial, que é a parte mais legal (com excessão do "get to know") e a preguiça volta.
A questão toda é que de fato, manter um relacionamento, manter ele vivo e feliz, é muito trabalhoso, requer dedicação e cada vez menos as pessoas querem se dar a esse trabalho.
Não sei se isso é consequência da experiência que vamos adquirindo com o passar dos anos. E essa preguiça é reflexo de tanto esforço utilizado em vão, ou se nos simplesmente nos damos conta e nos conformamos que não existe relacionamento ideal. Por conta disso, alguns de nos decidimos compartilhar a vida a dois somente até onde exista somente prazer.
Eu me pergunto também se de repente eu só comecei a pensar assim porque eu virei um pouco homem.... mas isso já é assunto pra outro post.

Sunday, July 05, 2009

Às vezes eu gostaria de ter certeza sobre o que eu quero ser quando crescer....

Thursday, July 02, 2009

Guilty Pleasures really give me pleasure!

Por duas vezes em uma semana me peguei no ónibus sorrindo. Por incrível que pareça estava eu a caminho do trabalho.
Sempre que utilizo o transporte publico, eu procuro me ausentar um pouco da realidade, coloco meu fone de ouvido, e vou ouvindo musica de casa até chegar onde trabalho. Isso faz muito bem, até mesmo porque evita com que você ouça conversas absurdas, gente mal educada que grita ao falar no telefone e os sem noção que ouvem funk/pagode nos "telefones de pilha", esses que funcionam como radio.
Enfim, estava eu ouvindo minha musica, quando de repente começo a sorrir. Meu gosto musical é bem variado, e na maior parte do tempo eu ouço coisas ditas como boas e reconhecidas de forma séria no mundo musical.
Acontece que eu tenho muitos "guilty pleasures". Muito mesmo. E esse é um deles... Não adianta negar mas "Stars are blind" de (sim.... ela ) Paris Hilton me faz sorrir.
A musica é boba, melodia dessas que fica na cabeça um tempão, e a letra não é nenhum exemplo de poesia mas não sei porque ela é um sinonimo de felicidade pra mim. Inexplicavel.
As vezes acho que essas coisas tidas como fútil de tão um certo prazer temporário, porque elas simbolizam o oposto da vida real, que é difícil, complicada e dolorida. E pode parar pra pensar, que todo mundo tem pelo menos um "guilty pleasure". Algo que te agrada, que te faz feliz mas que não pode ser dito em voz alta.
E ai pensando duma forma mais profunda e poética, existem tantas coisas simples na vida que podem nos fazer feliz. Momentaneamente as vezes, mas e dai? Um momento de felicidade, mesmo que seja curto deve ser aproveitado e valorizado ao máximo.
E são tantas as coisas que podem te fazer sentir melhor, uma musica boba, um pote de sorvete, ver filhotinhos de cachorro brincando na vitrina da Pet Shop, assistir a reality shows, Sitcoms, quadrinhos, aquele filme pastelão que ganhou muitos Framboesa de Ouro, etc etc etc.
Posso dizer, com um pouco de vergonha ok, que Paris Hilton me fez feliz durante 8 minutos essa semana, num momento inesperado. E cada vez que Stars are Blind tocar de novo no meu iPod eu vou aproveitar todos os poucos minuto de felicidade que ela me proporciona.

Sunday, June 28, 2009

Unsent letters

There are moments that I'm so impulsive.
I say things without thinking too much about it, better saying, thinking a lot about it, and not thinking about the consequences of saying it.
Sometimes instead of saying things I write. And I've gotta say, technology really fucked up impulsive people like me. For example, you go to a party, you get drunk, and then you start to think about that person... first thing you do when you get home is get in front of the computer and send an e-mail. And dude, there are no turning backs in sending e-mails.
Before technology was so into our lifes, you would get a piece of paper and write a letter. The next day you would have time enough to sober up, remember about the freaking letter you wrote, you would re-read it, and simply wouldnt send the damn piece of paper to whoever you wrote it.
Well, for things like that, nowadays everytime before I go out I don't leave my computer on, and instead, I leave a notebook and a pen next to my bed.

Saturday, May 16, 2009

Ah, se não fosse pelas alianças....

Ontem, no meu horário de almoço, enquanto esperava a fila do restaurante self-service andar, ouvi a seguinte afirmação: "...toda vez que agente troca de aliança agente termina. Não vou mais trocar de aliança caso agente volte."
A pobre menina da frente tentando se convencer de que o fracasso de seu relacionamento se dava pela influência de objetos inanimados. Tão difícil é a aceitação de que se o relacionamento acabou é porque alguma coisa não estava certa. Ah sim, o que não foi certo foi eles terem trocado de aliança.
Não a condeno 100% porque acho que de certa forma, todo mundo, alguma vez na vida já fez isso, direta ou indiretamente.
As pessoas tem dificuldade em aceitar o fracasso. Ou de aceitar que a pessoa amada não é aquele ser perfeito que ela idealizou. Quantas vezes amigos, jogo de futebol, sogra, excesso de serviço, ex namoradas(os), falta de dinheiro, etc etc etc já não foram culpados por falhas que na verdade eram única e exclusivamente da cara metade, ou até mesmo de você mesmo?
Ou o cara era um canalha, ou você possessiva demais, faltava sintonia entre os dois, faltava companheirismo e afinidades. Os dois já não se suportavam mais, ninguém aguenta olhar pra cara do outro.... qualquer coisa do gênero, mas não querida, as alianças não foram as culpadas.

Sunday, May 10, 2009

Para o principe não virar um sapo no final....

Enquanto eu lia um dos blogs que acompanho, comecei a refletir sobre certas atitudes do sexo masculino. Por que um cara se faz de namoradinho pra poder te levar pra cama ?
Ora, hoje já vivemos numa sociedade que aceita (Será?) a igualdade de liberdade sexual entre homens e mulheres. E independente do que a sociedade aceita ou não, quem vai liberar vai ser a mulher, e depende somente do que ela pensa pra que isso ocorra.
O fato é que hoje muitas mulheres já não sofrem com esse tipo de tabu interno. Elas topam a existência de sexo casual numa boa, porque afinal de contas sexo é bom, e ter que ficar esperando arrumar um príncipe encantado para que isso ocorra muitas vezes pode significar ficar meses sem o tal. Então não é necessário, em tese, ter que se gastar um tempo, levando pro cinema, pro restaurante pra tomar sorvete etc etc etc, se não é isso que o cara quer.
Não entendam errado, existem o caso que também foi mencionado no blog, onde isso acontece naturalmente, e claro, o sexo é uma consequência natural das coisas.
Agora o que me deixa fula da vida é quando desde o principio é só sexo que o cara quer, e mesmo assim ele fica se fingindo de namoradinho.
Se você sai com alguém, você tem que saber em que termos estão sendo as coisas. Porque ai ninguém sai enganado, você tem a opção de aceitar ou não aquela situação e tudo o que acontecer vai ser em sã consciência de ambas as partes. E o cara ainda sai ganhando, porque ninguém vai acusa-lo de canalha no fim da historia.
Sexo casual é bacana, mas as duas partes envolvidas tem que saber que é só sexo casual e não um romance a vista.
Romance também é bom, mas isso fica pra outro post.

Tuesday, May 05, 2009

Aquele onde o cérebro tomou o elexir...

Acabei de ter um insight, e percebi que já escrevi mais esse ano do que nos dois últimos.
Será isso um bom sinal ?
Bom sinal do que também? De que meu cérebro voltou a funcionar ?
Li hoje numa coluna da Super interessante um artigo que diz que a partir dos 27 anos (oh no!) O cérebro começa a envelhecer. E que até os 30 você perde varias coisas que seu cérebro fazia por você e não fará mais.
Acho que no meu caso não, completei 27 anos (oh dear Lord!) e meu cérebro voltou a ser meu amigo!

O sumiço injusto dos comentários

Antes de mais nada... meus comentários sumiram!
Bem, não os MEUS comentários, mas os comentários dos meu queridos poucos exclusivissimos leitores.
Inventei de mudar o layout do blog, que na verdade nem mudou tanto assim, e voilà sumiram com os comentários. Vai ver era uma espécie de preço, sabe aquele lance das letras miúdas no fim do contrato? Então.
Mudei meu layout, se apropriaram dos meu comentários.

Sunday, May 03, 2009

Aos meus amigos ....

Que eu sempre quis embora nunca foi segredo pra ninguém. Que eu não escondo o fato de que o Brasil em nada me agrada também não é novidade.
Foi me questionado essa semana o que me faria falta a partir do momento que eu colocasse o pezinho fora do pais. A resposta foi nada. Nada além das pessoas.
As pessoas que aqui deixarei me farão falta. Mas pessoas vão e vem, e isso pode ser ajustado futuramente, com menos frequência do que ocorre agora claro, mas não faz parte dos meus planos deixar as pessoas que amo de lado.
Numa festinha sexta feira eu vi o quanto na realidade essas pessoas vão me fazer falta.
Meus amigos mais próximos, em sua maioria estão longe. E isso foi acontecendo no decorrer da minha vida. Se vai um, depois outro, outras vezes fui eu que parti.
Talvez isso tenha sido uma pequena prévia para me acostumar aos poucos com essa vida de viver longe de quem amo.
Até namorado eu arrumei bem longe.
O fato de que ao mesmo tempo que ficarei longe dos meus amigos, estarei conquistando novos me fascina. Mas também me da um pouco de sentimentos nostálgicos.
Fui numa festa sexta feira que me trouxe esse sentimento o tempo todo. Eu estava ali presente, mas a sensação foi o tempo todo de algo que fazia parte do meu passado. E foi ali que me dei conta de que as coisas que estou vivendo agora faz parte do meu passado, e que ao contrario do que eu pensava anteriormente, sim, eu vou sentir um pouco de falta. Porque são as pessoas que estão presentes nesses pequenos momentos que o fazem acontecer.
Bom seria se eu pudesse pegar toda essa gente e levar junto comigo. Bom seria se tudo fosse perfeito. E um mundo perfeito pra mim é poder ter todas as pessoas que amo no lugar que estarei, no lugar que quero viver.
Mas o mundo não é perfeito, e terei que conviver com isso. E tentarei amenizar isso da melhor forma possível, aproveitar cada minuto que me resta ao máximo ao lado de todas essas pessoas que amam, e que talvez ainda não saibam o quanto as amo. Mas irei com a certeza de que elas saibam disso!

Wednesday, April 22, 2009

Viva a lei 11.441/04-01-2007

Pela ultima vez na minha vida eu vou falar sobre um assunto.
Pela ultima vez eu vou falar sobre algo que não deveria ter acontecido, algo que não deveria ter tido uma primeira vez. Mas já que teve, vou pela ultima vez, pra nunca mais, dizer tudo o que preciso sobre um erro com qual aprendi mas nem por isso foi a melhor coisa da minha vida. Afinal de contas na escola agente também aprende, e nem por isso todos os anos dela são super agradáveis.
Um dia eu casei.
E de verdade, eu casaria de novo. Casamento é legal. Mas jamais, eu casaria de novo com a mesma pessoa... ou com uma copia dela, ou com alguém parecido com ela.
Enfim, isso não vem ao caso.
Só tem algumas coisas que eu preciso falar. Preciso soltar, coisas das quais me arrependi, de fazer e de não fazer. Porque do contrario estarei eu aqui depois de um ano arrependida de não ter falado. E eu quero encerrar esse assunto de vez dentro de mim.
Magoas ? Não, não tenho... Talvez de mim mesma, por ter sido meio burra, meio impulsiva.
Quando alguém me pergunta porque eu casei, eu não sei responder. Eu pensei muito antes de decidir casar, mas não o suficiente. Nunca consegui responder isso nem pra mim mesma, e agora também não importa mais. Parte da cagada foi feita por mim também afinal de contas.

Mas de fato foi um aprendizado. Aprendi que:
- Se alguém não sabe o que quer da vida, isso deve ser resolvido com terapia, e não com casamento ou divorcio, ou uma combinação dos dois.
- Você não pode, nem deve se enganar, achando que se você sempre abrir mão das suas vontades as coisas vão melhorar.
- Nunca você deve se anular, deixar de fazer coisas que gosta e fingir que esta tudo bem.
- A vida não é feita só a dois. Você precisa ter amigos e vida social. E se você compartilha a sua vida com alguém que acredita que vida social só serve pra "pegar" mulher, isso é um bom sinal pra você pular fora rápido.
- Se você casa com alguém que acredita que o casamento não altera seu relacionamento em nada (seja pra melhor ou pra pior), corra ! Ela simplesmente não acredita em relacionamento de qualquer natureza. Vai morrer sozinha.
- A relação que as pessoas tem com amigos e família reflete um pouco do que ela é. Se o único contato que alguém tem com a família, é quando os mesmos a procuram (5 ou 6 vezes ao ano, contando datas comemorativas), e não o inverso, não pense que com você será diferente.
- Você pode ter um primeiro namorado escroto, mas isso não garante o lugar de príncipe encantado do próximo. Se você compara alguma coisa mais ou menos com alguma coisa muito ruim, é óbvio que o mais ou menos pra você vai parecer a melhor coisa do mundo.
- Sempre retorne telefonemas. Você nunca sabe o dia de amanhã!
- Casamento não resolve os problemas de um casal, se algo não esta certo, a tendência com o casamento é agravar as coisas, e não soluciona-las.
- Nem todos os homens são binários, porém se você encontra um que acha que existe mulheres pra "comer" e mulheres pra casar, procure outro que goste de conciliar as duas coisas. Sua vida matrimonial será muito mais feliz, e sua vida sexual será muito menos frustrada.


Como já disse nesse mesmo post, eu casaria de novo. Tudo bem que após um ano de separação eu conquistei muito mais coisas e fui muito mais feliz do que em um ano de casamento.
Casamento não é feito só por uma das partes, as duas tem que acreditar.
Eu não me arrependo de ter casado. Talvez um pouco.
Na verdade eu só questiono como seria minha vida hoje se eu não tivesse casado.
Às vezes eu acho que eu deveria ter retornado algumas ligações que recebi já depois de estar naquela vida que tinha escolhido pra mim. Deveria ter pensado mais antes de escolher. Deveria ter ficado com o pé atrás, ser menos apressada.
E tem vezes que eu acho que hoje minha vida estaria da mesma forma, mas que eu teria chegado aqui sem um sofrimento desnecessário. Poderia ter curtido mais minha família, meus amigos e meus planos.
Mas, o que passou passou e hoje esta definitivamente cortado os laços.
Eu sou muito boa em passar borracha em lembranças. Sou totalmente a favor da ideia CharlieKaufman no "Eternal Sunshine ..." E de fato eu consigo fazer isso sem remorso nenhum, mas pra isso eu preciso fazer o que estou fazendo agora, soltar tudo o que precisava dizer.
Agora que já fiz, é pagina virada.... virada não, arrancada do livro.

Thursday, April 16, 2009

Minha mente funciona das formas mais diversas possiveis.

Tem dia que ela é produtiva, tem dia que é produtiva, mas não da forma que eu gostaria que fosse. Eu até que me considero uma pessoa criativa, o problema é que minha criatividade não serve pra nada, além da minha própria distração.

Como agora por exemplo, eu estou no serviço. Eu trabalho no caixa, logo se não tem cliente pra atender eu não trabalho. Claro, poderia estar fazendo outra coisa, mas eu também não vou atrás de serviço se ele não vem até mim já que me salário não vai aumentar ou diminuir por causa disso. Bom, ao invés do trabalho estou aqui escrevendo.

Pra que?

Eu falei pra um amigo meu muito próximo esses dias, se nossa cultura inútil, nosso ócio criativo servisse pra fazer dinheiro estáriamos ricos.

Já tive cada idéia que rendeu conversas de horas, risos bons. Mas só.

Eu ainda prefiro dessa forma do que quando minha mente trabalha de forma estranha, quando eu acho que tenho doenças, ou quando acho problema onde não tem.

Melhor rir do que pensar em problema anyway.

Eu podia pelo menos ser paga pra isso né? Tudo bem que não me considero nenhuma super ultra cronista merecedora de milhares de leitores na Folha de São Paulo. But still.

Hoje eu entendo melhor escritores antes da fama. Porque você pode ser a pessoa mais genial ever, se você não tem público, de nada adianta. A genialidade deve ser compartilhada. As idéias, boas ou não devem ser vistas, ouvidas, opinadas.

Será que alguém consegue imaginar um mundo sem livros, sem música sem arte?

Cá entre nós o mundo já não está lá essas coisas, mas sem idéias ele estaria muito pior.

Friday, March 20, 2009

Um dia um amigo meu me perguntou numa boa:
"Carol, você nunca relaxa não? Parece que desde que eu te conheço você sempre esta tensa com alguma coisa, com algum problema... "
Bom, o pior é que é verdade. Não que isso seja bom, e eu super concorde com isso. É real, mas é triste. Eu tento parar pra pensar em alguma vez que na minha vida eu estivesse relaxada, sem tensão, sem preocupação (não que agente não as tenha, mas sem ficar pensando a todo tempo nelas). Cheguei a conclusão que não eu não me lembro disso nunca ter acontecido.
Talvez, nas épocas áureas da infância eu tenha tido um tempo assim, mas eu não me recordo. Quando adolescente eu lembro que fui feliz, mas por um ano quando morei nos EUA, e depois disso eu só lembro desse stress que mora dentro de mim.
Geralmente quando eu viajo eu sou uma pessoa melhor. Muita gente não entende, mas o meu problema é que eu moro no problema.
Tudo será resolvido em breve ainda bem, mas enquanto isso não chega, essa ansiedade me consome, fico pensando que pode dar errado até o que não tem como dar errado. sensação ruim.
Mas eu sei que isso tudo é coisa da minha cabeça que funciona dessa forma estranha. Não sei nem porque eu ainda não acostumei com isso .

Friday, March 06, 2009

Life is a bitch, ain't it?

Toda vez que eu me sinto meio assim... triste, confusa, sentindo falta de alguma coisa, ou alguém, eu super acho que eu tenho algo a dizer.
E na verdade não. Na verdade eu gostaria de ter algo a dizer a mim mesma, alguma coisa que me confortasse, que me desse uma força, uma injecção de ânimo. Então eu busco e busco dentro de mim algo assim e nada acho, nunca.
Life is a bitch sometimes, a maioria das vezes no meu caso. E eu nem sei mais o que fazer pra mudar essa situação. Tudo sempre parece estar contra. Tempo e espaço nunca andam em harmonia.
Nem minha cabeça funciona de forma harmoniosa às vezes, quando eu acho que algo bom vai sair por aqui, nada vem.
É isso... mais um post sem um final decente.

Sunday, January 18, 2009

Balanço 2008 - Volume III

Novembro e Dezembro de 2008 foram meses tensos. Tensos mas felizes.
Tudo começou numa noite de feriado com um e-mail com uma noticia muito boa. Minha entrevista no escritório de imigração havia sido marcada, e seria em um mês! Ironicamente nessa mesma data no ano anterior eu recebia noticias não muito boas.
Um mês ! Tão pouco, porém tão esperado essa data... Ao mesmo tempo eu tão despreparada, achando que ela seria em março ou abril de 2009, e assim, tão antes.
Quando vi o e-mail eu fiquei tão nervosa e feliz que vi tudo escuro, deu um calafrio, tontura e até dor de barriga.
Foi um mês de tensão, de preparação, de pesquisa, de stress...
17 de dezembro... a data tão esperada.
Tudo parecia estar sob controle, tudo muito bem preparado, o francês na ponta da língua.
Chegando no temido escritório já recebo uma noticia muito boa, já que o tal haitiano "do mal" já estava bem feliz de volta à Montreal. Mme Judith faria a entrevista... ufa
Dois casais na minha frente, e eu la, sozinha... com a cara e a coragem. Um dos casais saem da bendita salinha. Tudo feliz. Conseguiram. O segundo casal entra, depois de uns 40 minutos de tensão, sem ninguém pra conversar e me distrair e não pensar tanto naquilo.
Eles saem, tudo feliz também...
Mais 10 minutos e a minha vez chega. Mme Judith muito simpática conversa comigo, como estou, o que me fez querer imigrar, por que Qubec.... Pra onde já viajei, o que faço, o que quero fazer. Foi tudo muito tranquilo, meus diplomas verificados, meu passaporte admirado (um passaporte com visto pra Guadaloupe não é sempre que se vê. Alguns minutos se passam em silêncio... e eu la sou besta de puxar assunto e errar no francês?
"Ne t'inquiete pas, vous êtes acceptée au Quebec, felicitacions"
Alivio, felicidade, adrenalina, tantos sentimentos.
Fui obrigada a informar Mme Judith que ela me deu a melhor noticia em toda minha vida. Quase chorei. segurei firme e forte pra não chorar, de felicidade !
Abracei-a, acho que peguei-a meio de surpresa a quebecoise simpática. Mas ela entendeu que a felicidade era imensa.
Minha maior conquista, meu maior sonho... half way done !
E fechei assim, 2008 com chave de ouro !

Thursday, January 15, 2009

Balanço 2008 - Volume II

Uma das coisas que mais gosto de fazer na vida é viajar.
Uma viagem associada ao fato de você precisar esquecer os problemas, a necessidade de se refazer e ficar feliz a torna muito mais especial.
Em 2008 meu ano começou meio conturbado, e por causa disso mais outros planos pessoais, decidi viajar. Destino: Montréal - Quebec - Canada.
Fui descompromissada. Descompromissada de qualquer tipo de complicações na minha cabeça. Varri de meus pensamentos todo e qualquer tipo de problema e motivos para me deixar triste. Era como se eu estivesse nascendo de novo a partir do desembarque em Toronto, para fazer a escala pra Montréal.
Fui para aprender francês. Mas consegui muito mais do que somente o conhecimento da língua. Conheci pessoas linda, gente que me acrescentou, e que ainda tem a me acrescentar.
La, eu me senti em casa, e tive certeza de que meu lugar é ali.
Conheci meu namorado. Que é tudo, um lindo, que me fez acreditar em amor de novo, logo eu que tinha jurado pra mim mesma que relacionamentos eu não teria pelos próximos anos.
Conclusão.... fui pra ficar 2 meses, e fiquei 3. não fiquei mais por falta de grana... Além do que essa viagem ainda me gerou uma outra viagem.
Tem gente que acha que viagens são só diversão, mas pra mim, foi provado em outras, que elas são marcadores pro começo de uma nova era.


Saturday, January 10, 2009

Balanço 2008 - Volume I

Ninguém casa pra separar.
Quando agente decide começar uma família, pensa que vai ser pra sempre. Afinal casamento é algo sério, não é brincar de casinha como muita gente pensa por ai.
Claro que essa regra se aplica somente se as duas partes do casamento pensam da mesma forma.
Eu já casei e separei em menos de um ano. Pensando hoje, com calma, eu cheguei a conclusão que mesmo antes do meu casamento ter começado ele já havia terminado. Meu ex casou pelos motivos errados, e talvez eu também feito o mesmo.
O que aprendi nesse ano que passou, é que nem tudo depende da sua vontade de que as coisas aconteçam e dêem certo.
Óbvio que tudo merece um esforço, merece um certo "tempo perdido" para que aconteça o que você havia planejado. Acontece que às vezes você não vê, mas esse "tempo perdido" deveria ter sido menor do que realmente foi. No meu caso eu teria economizado pouco mais de um ano caso não tivesse me dedicado tanto a algo que nem deveria ter começado.
Muitas são as causas para que isso tenha acontecido.
Uma é a sua paixão, seu amor por alguém que faz com que você pense que valha a pena. Nem sempre vale mesmo, e isso acaba te deixando mais frustrada no fim de tudo
Outra é você confiar na suposta sinceridade de outros. O que é um risco muito grande, pois muitas vezes até mesmo a outra pessoa acha que esta sendo sincera, e na verdade ela só estah mentindo para si mesma.
E por ultimo é o medo de ficar com o peso da duvida pro resto da tua vida.
Hoje eu não tenho mais duvida.... eu ter me separado foi uma das melhores coisas que me aconteceu no ano de 2008. E olha que não foi escolha minha. Já parei de pensar nisso, mas logo que aconteceu muitas analises sobre o assunto foram feitas, algumas minha comigo mesma, e outras com ajuda de amigos e entes queridos.
É triste admitir, mas eu estava querendo acreditar numa felicidade que nunca aconteceria caso eu permanecesse naquela vida. Não posso de forma alguma falar mal de meu ex, que é uma excelente pessoa, e nunca foi um mal marido. A culpa não foi 100% dele (só teve culpa quando veio atrás de mim achando que queria casar achando que me amava), mas eu... eu aceitei aquilo, que estava na cara que não daria certo. Eu sempre quis mais pra mim. Aquela vidinha mais ou menos nunca me completaria, eu gosto de gente (as que escolho claro), eu gosto de conversar, eu gosto de cultura, eu gosto de romantismo, eu gosto de viajar, eu não me contento com pouco e o mais importante de tudo.... Eu não quero morrer aqui !
Enfim, o balanço que fiz disso tudo me fez ver que só com o fim do casamento eu conseguiria alcançar meus reais objetivos.
Formar família? Ainda estão nos meus planos, mas em outro lugar com outra pessoa que saiba o que quer da vida.

Sunday, January 04, 2009

Adeus ano velho..... vai deixar saudades.

E já chegou o 2009 !
Dando uma relida finalmente depois de tanto tempo no blog, mais uma vez deixei a desejar esse ano. Meu ultimo post em abril de 2008. Ts ts ts . Como diria um grande amigo meu, devi!
E logo esse ano de 2008, que tanto aconteceu, que tanto me deu.
O ano de 2008 foi para mim a maior prova de que mesmo quando as coisas estão muito ruins, o mundo pode conspirar a seu favor e fazer tudo ficar melhor.
Sou uma pessoa de pouca fé, ou no faith at all poderia dizer, mas depois de tudo que me aconteceu nesse ano que passou em alguma coisa boa tenho que acreditar, nem que seja para acreditar que nada esta perdido. Não sei o que ou quem me ajudou esse ano, talvez tenha sido eu mesma, diante de tanta situação desagradável resolvi ir a luta, talvez esse positivismo tenha me ajudado.
O ano começou comigo perdendo meu chão. Fiquei perdidinha sem saber o que fazer, fiz uma viagem, as coisas começaram a caminhar a meu favor.
Desfiz um casamento (contra minha vontade, mas depois de muita analise cheguei a conclusão que foi melhor acontecer isso agora) viajei, conheci gente nova (alguns amigos pra vida), cheguei mais próxima de um sonho, arrumei um namorado lindo (mesmo depois de estar um pouco desacreditada no amor), conheci meu futuro novo lar, passeei pela Europa, revi meu irmão depois de 2 anos e agora no finalzinho do ano, com menos de duas semanas para terminar alcancei a maior conquista da minha vida o bendito CSQ (Certificat de Selection du Quebec). Sozinha!
2009 promete algumas coisas tristes por resolver, mas depois de tudo que 2008 me ensinou estou mais confiante.
Tudo isso que se passou merece um balanço detalhado, um post para cada novo acontecimento.
Sem resoluções de ano novo dessa vez, mas o positivismo sempre vai estar presente.