Wednesday, October 19, 2005

Eu sei o que quero pra mim....

Odeio quando tudo está bem em sua vida... e de repente BUMMMM, acontece algo que muda ela totalmente de direção.
Odeio mais ainda quando você não tem nada a ver com isso, nem fez nada de errado, e ainda mais quando sua vida está ótima, e se melhorar estraga.
Odeio pessoas que não sabem o que querem pra si. Ou que sabem, mas não tem certeza. Ou que sabem mas têm medo. Ou que não sabem, e ficam na dúvida entre o certo e incerto. Me diz uma coisa... se o certo está legal, pra que desejar o incerto?
O que eu queria mesmo era poder banir as pessias indecisas da vida das pessoas que sabem o que querem, porque aí tudo seria muito mais fácil.

Friday, October 07, 2005

Crônica sobre o desarmamento

Eu tenho o sono muito leve, e numa noite dessas notei que havia alguém andando sorrateiramente no quintal de casa. Levantei em silêncio e fiquei acompanhando os leves ruidos que vinham lá de fora, até ver uma silhueta passando pela janela do banheiro. Como minha casa era muito segura, com grades nas janelas e trancas internas nas portas, não fiquei muito preocupado mas era claro que eu não ia deixar um ladrão ali, espiando tranquilamente. Liguei baixinho para a polícia informei a situação e o meu endereço. Perguntaram-me se o ladrão estava armado ou se já estava no interior da casa. Esclareci que não e disseram-me que não havia nenhuma viatura por perto para ajudar, mas que iriam mandar alguém assim que fosse possível. Um minuto depois liguei de novo e disse com a voz calma:
- Oi, eu liguei há pouco porque tinha alguém no meu quintal. Não precisa mais ter pressa. Eu já matei o ladrão com um tiro da escopeta calibre 12, que tenho guardada em casa para estas situações. O tiro fez um estrago danado no cara!
Passados menos de três minutos, estavam na minha rua cinco carros da polícia, um helicóptero, uma unidade do resgate , uma equipe de TV e a turma dos direitos humanos, que não perderiam isso por nada neste mundo.
Eles prenderam o ladrão em flagrante, que ficava olhando tudo com cara de assombrado. Talvez ele estivesse pensando que aquela era a casa do Comandante da Polícia.
No meio do tumulto, um tenente se aproximou de mim e disse:
- Pensei que tivesse dito que tinha matado o ladrão.
Eu respondi:
- Pensei que tivesse dito que não havia ninguém disponível.
Luís Fernando Veríssimo.